Em março de 2012, a biblioteca do IEL pegou fogo devido às condições precárias da fiação elétrica do prédio. Hoje, 6 anos depois, a situação permanece a mesma. O projeto da reforma permanece no papel, recheado de promessas e planejamentos, mas ainda sem previsão de quando será colocado em prática. Desse modo, a biblioteca funciona como pode, com uma entrada provisória e funcionários realocados do jeito que podem em espaços que antes eram de uso dos alunos, como a antiga Sala de Sarau.
No entanto, isso não é o pior. Devido ao congelamento das contratações de funcionários e às aposentadorias recentes de quatro funcionários – três bibliotecários entre 2015 e 2016, e um técnico no início de 2018 -, a biblioteca Antônio Candido corre sério perigo. O quadro atual (de apenas nove funcionários) tende a se agravar ainda mais devido ao afastamento de longo prazo de uma bibliotecária e à aposentadoria de mais duas técnicas, previstas para o final de 2018. Até o final de 2017, foi possível manter a Biblioteca aberta no horário das 8:30 às 23:00, com o apoio (mesmo que precarizado) de estagiários e bolsistas SAE.
Agora a falta de funcionários está em uma situação crítica; neste ano, a biblioteca só continua funcionando em todos os horários devido à boa vontade de seus funcionários e estagiários. Além disso, os serviços técnicos estão muito prejudicados (catalogação, incorporação de acervos, etc.). Mas, há um limite. Chegou o momento que esse espaço vai começar a fechar no período da manhã, abrindo somente a partir das 12h. O segundo maior acervo da UNICAMP não poderá mais ser consultado no período da manhã. Aulas que usavam os recursos da biblioteca vão ter que se realocar e reestruturar. Sem o funcionamento integral da biblioteca, um grande número de estudantes, não só os do IEL, vão enfrentar mais obstáculos na sua formação.
E é por isso que precisamos lutar. Abaixo-assinados, passeatas, palestras, grupos de debates precisam ser organizados para que a reitoria não tire um espaço tão vital para nossa formação. A nossa biblioteca é referência no Brasil inteiro, até sendo citada com prestígio internacionalmente, no jornal mexicano Excelsior. Não podemos aceitar essa situação se tornar o seu destino final. Não podemos perder a nossa biblioteca. O espaço é nosso. A luta é nossa.