No início de 2018, cinco anos após o incêndio, a Biblioteca Antonio Candido voltou a correr riscos. Dessa vez, além da precariedade da instalação elétrica do prédio, causa do incêndio que destruiu o antigo anexo de entrada, o problema se estendeu para a falta de funcionários, impedindo o bom funcionamento da biblioteca. Devido às aposentadorias sem reposição, o funcionamento integral da biblioteca se manteve com a enorme dedicação dos funcionários e com a vital ajuda dos bolsistas e estagiários. No entanto, em março de 2018, não era mais possível continuar assim. A biblioteca passaria a fechar no período da manhã, prejudicando os discentes, pesquisadores e docentes do IEL e de toda a Unicamp.

Depois de uma conversa com a diretora da biblioteca, Ana Llagostera, a atual gestão do CAL se mobilizou para conseguir o máximo de assinaturas no abaixo-assinado que seria levado ao Conselho Universitário (Consu) na terça-feira, dia 3 de abril de 2018, pelo representante discente da pós-graduação, Thiago Rosales. Com a ajuda dos alunos, o abaixo-assinado passou de 500 assinaturas em menos de dois dias e, graças ao convite do diretor Flávio, uma representante do CAL levou o abaixo-assinado para o Consu, junto com uma carta que pode ser visualizada abaixo.

Carta lida pelo CAL no Consu

Depois da leitura da carta perante o Conselho Universitário, a mesa respondeu atestando que a contratação já estava encaminhada e que, no período de um mês, o novo funcionário qualificado estaria presente na biblioteca. Além disso, foi mencionado o atraso para a reconstrução da parte queimada, cujo projeto está pronto e aprovado desde 2015. A reconstrução é emergencial devido ao constante risco que o acervo está sofrendo. A parte elétrica foi realocada, temporariamente, no mesmo ambiente que o acervo, correndo o risco de um novo curto-circuito, queimando a maior parte dos livros da biblioteca.

Sobre a reconstrução, a reitoria deu respostas vazias, como vem acontecendo durante a elaboração do projeto. Apesar de estar na lista das prioridades da CPO (Coordenadoria de Projetos e Obras), o projeto tem oscilado entre os estágios pré-executivo e executivo, sem previsão do começo da obra.

Para prevenir o risco ao acervo, a diretoria da biblioteca providenciou uma parede corta-fogo entre os equipamentos elétricos e o acervo. A contratação da nova funcionária foi feita, mantendo o período integral de funcionamento da biblioteca. Essa vitória foi dos alunos, mas sabemos que isso não é o suficiente. A pressão sobre a reitoria continua, para que a biblioteca não seja completamente precarizada e para que os discentes e docentes possam continuar utilizando um espaço tão vital para sua vida acadêmica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *